Meu quarto sabe dos meus segredos



Todos nós já tivemos aquela fase em que nenhum canto do apartamento é melhor do que o nosso quarto. É lá que choramos, rimos, falamos sozinhos, repousamos, vivemos nossos momentos interiores, curamos nossas dores e guardamos nossos segredos. Por causa disso, é preciso muito cuidado e carinho com o projeto deste precioso ambiente, que precisa ter beleza e, principalmente, passar aconchego a quem ele vai abrigar.

Na infância, quando tudo ainda é novidade, a concepção do quartinho do bebê e da criança é pautada dentro de um universo de atividades e descobertas. É importante que o pequeno se encontre naquele local, pois o ambiente será a fonte de descobertas nesta primeira idade. “Por isso, é tão essencial que ele possibilite experiências diversas e promova independência, fatores que colaboram para que nosso morador mirim goste do lugar e se divirta nele”, revela a arquiteta Erika Mello, do escritório Andrade & Mello Arquitetura.

Na medida em que que a criança cresce e vai ganhando espaço, dentro e fora de casa, o quarto passa a ser um porto seguro. Na pré-adolescência, por exemplo, é no cômodo que se tem liberdade para expressar alguns sentimentos superadversos. É no mesmo ambiente que convivem a criança, que adora brincar de boneca, e a adolescente, que escolhe o look para o próximo dia de aula. “Dessa forma, o quarto acompanha essa transição. Uma mistura de elementos infantis com itens que se relacionam com uma rotina mais adulta”, explica.

E quando o assunto é composição do décor, o ambiente pede mobiliários, cores e detalhes que sejam personalizados de acordo com seu habitante. Os adolescentes buscam por identidade, por isso o quarto tende a expressar tudo o que acreditam. Nesta fase, quanto mais atividades puderem ser feitas dentro do espaço, melhor. “A decoração deve respeitar estas necessidades, pois não há outra forma de satisfazer o morador nesta idade”, conta a arquiteta.

Adultos, sejam casados ou solteiros, desejam o dormitório mais voltado para o relaxamento, acreditam os profissionais. “Como a grande maioria, esta pessoa trabalha por horas e precisa de um lugar mais afastado para se recarregar durante noite, mas sem esquecer que também é o espaço onde se vive a intimidade do casal”, lembra Renato. Espera-se então que o quarto contemple certo afastamento do restante da casa, como se fosse possível adentrar em um universo particular.

 

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